domingo, 2 de outubro de 2011

Que a mesma serenidade transmitida pelo meu berimbau, embale minhas angústias e as sopre junto a brisa que acalenta esta roda.

Que a minha dança seja consciente e confiante, e fortaleça assim, as minhas dores e desequilíbrios. E que assim, meus movimentos fluem no compasso da liberdade.

E que enfim, a nossa palma e canto, unifiquem os nossos espíritos e faça sempre, da roda de capoeira, esse ritual renovador.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pouco sabemos de nossas vontades, pois ao nosso alcance está mundo. O que sabemos delas, normalmente se mascara ou se perdem em meio a influencias sociais.

domingo, 4 de setembro de 2011

O fim de semana foi simplesmente maravilhoso... Regado a sorrisos, sol, bons filmes, thc e muito sexo. Tudo aquilo que mais aprecio, incluindo é claro, a melhor companhia do mundo: Fabio, o meu amor. Aquele que vem me fazendo uma mulher melhor a cada dia.
Agradeço a Deus por ter colocado esse anjo em minha vida. Ele, que cuida de mim com tanto carinho... Me olha nos olhos de um jeito abnegado e puramente sincero, me renovando com seus abraço aconchegantes, e me convencendo cada vez mais que somos moldados um pro outro, como numa prévia divina. E que a felicidade está logo aqui.
Meu melhor amigo e companheiro eterno. Minha alma gêmea. Meu nenénzinho! Como é bom te amar! Obrigada por estar comigo.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Existência x Vida

Encanta-me um pouco de tudo que a vida me da e me sacia. Afeta-me agora, o pouco de tudo que a eles é oferecido, e que assim, apenas aceitam, pois os sacia à existência.
Circunstâncias sociais distintas. Valores contraditórios. Quanta coisa se passa pela minha cabeça ao me deparar com essas cenas...
Enquanto o resto se mistura a vida, e a vida passa a ser aquilo!
O que para nós é necessário, vejo agora apenas como o excesso da necessidade, e esse passa a ser o belo; uma questão social e cultural de inclusão. Mas, de que social estamos falando? Existência ou vida? Viver é o belo necessário, existir é essencial... E então, quem se importa com o belo? São tantas as divergências e tão pequena a consciência, a caridade, o amor... Será mesmo que a vida é tão bela assim?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Avesso

Quem tudo tem, quer muito mais. Quem nada tem, quer apenas o necessário.
Quem tudo sonha, pouco tem. Quem nada tem, sofre pela falta de sonhos.
O mundo está do avesso. Ninguém percebe?

domingo, 21 de agosto de 2011

Ah... eu estou amando! E como é bom amar não é mesmo?? Mas não digo isso apenas pelo sentimento gostoso por outra pessoa, mas principalmente pelas transformações que esse sentimento podem causar em nossas vidas.
Amo amá-lo, é claro, mas amo ainda mais, o bem estar que esse sentimento me traz; a felicidade que transborda em meu espírito.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

E de repente, o tempo(ainda) passa

Um dia meus pais me ensiaram a falar, andar, tomar banho sozinha, atravessar a faixa de pedestre, não falar de boca cheia, tratar a todos com respeito, aprender a andar de bicicleta, a falar na hora certa e a não ser egoísta...
Entrei na escola e aprendi boas condutas, palavrinhas mágicas, a ler e escrever, a desenhar, jogar queimada, futebol, pique-bandeira, elástico, bolinha de gude, dentre tantas outras incontáveis. Chegava em casa, almoçava e descia para brincar na quadra; polícia e ladrão, pique alto, três cortes, bete, patinete...
Aos fins de semana gostava de acampar com meu pai, brincar de simulação de filmes, Iate, fazenda, dentre toboáguas, trilhas, animais e parquinhos. Gato mia com os primos, corrida no tobogã do Iate, recorde de percurso nos parquinhos...
As brincadeiras foram mudando... Baralho, dominó, detetive, imagem e ação... verdade ou consequencia, salada mista!
Um dia a brincadeira na festa foi imitar o que nossos pais faziam. E até que vodka com suco era gostoso, e os resultados, inovadores!
Até que um dia nossas festas passaram a oferecer essas bebidas, vestiamos roupas de classe e tentava me adaptar ao salto, e agora sim, pareciamos mais ainda nossos pais. E não havia nada mais empolgador do que essa fase de transição, mesmo que a viamos como se pulamos essa etapa.
A vida vai ficando mais complexas, os compromissos vão crescendo,a s responsabilidades junto. Até que com 14 anos, uma surpresa. Tudo paralisa por um instante. As atenções são voltadas a ele,o novo namorado, diga-se 7 anos mais velho.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Acredite em si mesmo

Certo dia alguém me disse, "Estude e você será alguém na vida". O problema é que palavras e conselhos podem ser ditos a qualquer momento, por qualquer pessoa, não são pagos e muito menos raros, talvez por isso, nem sempre sejam valorizadas como deveriam. Afinal de contas, qual pai nunca disse isso para seu filho? E mesmo assim, quantos desempregados, vagabundos e pilantras ainda vemos por aí?
Meu primo estudou dos 13 aos 16 anos em Florianopólis, e ficou de recuperação em todos esses anos, até que repetiu o 2º ano.Seu pai, meu tio, o convencera a voltar para Brasília para morar com ele, e assim tentar alguma mudança. Porém sua vida era festa, farra, alcool e maconha, e foi mais um ano medíocre, jogado fora, ele previsivelmente repitiu de novo.
Minha avó, dedicou-se por conta própria a estudar intensivamente para completar o ensino médio. Em um ano, completou com excelentes notas, o que normalmente levaria três anos. Assim, deu abertura para que seu pai pudesse pagar os estudos de seus próximos irmãos. E não parou por aí. Ela se formou em direito, e teve grande êxito em seu primeiro emprego, continuou a estudar por conta própria, cursando e se formando ainda nos cursos de administração, economia e contabilidade. Hoje ela dedica a sua vida a ajudar os mais necessitados.
(por terminar)

Recadinho da vovó

Esta semana minha prima, Ana Luiza, estava tendo uma discussão com seu namorado, dentro da casa de minha avó. Ela, ser evoluído que sempre foi, surpreendeu mais uma vez com a sua humildade, bondade e transcendência. Escreveu em um guardanapo e entregou para a Ana, o mais singelo e profundo recado, que segue:

Paciência-compreenção-tolerância-credibilidade-docilidade-confiança-afeto-estima = AMOR

Marcas de uma paixão

Tantas saudades sentimos, e enfim, aqui estamos novamente. Reencontro tão esperado! Sorrisos mútuos surgem. Sinto que também está contente ao me ver(que alívio!). Nossa sintonia não mudou, percebe? Ainda sinto meu coração desesperado, palpitando sem controle...
Perdoe-me, mas não posso mais ficar aqui. Não consigo conter esse desejo de tocar-te, sentir teu cheiro de perto, acariciar teus braços, tuas costas, tua barba, brincar com teus cabelos finos, sentir tua respiração quente em minha nuca carente, que implora reciprocidade.
Enquanto a racionalidade ressalta que devo ir embora... a ignoro teimosamente. O emocional persiste, me convencendo que seja impossível te largar.
Ah, se você soubesse... Como dói te ter assim tão perto e ao mesmo tempo tão longe! Logo nós, que nunca nos preocupávamos com o certo ou o errado, logo nós que naturalmente nos entregávamos.
As mãos suadas, trêmulas, vão involuntariamente a nuca, denunciando o nervosismo. Tento ao menos encarar-te, mas seu olhar se distancia do meu. Deve estar com medo de intimidar-te, como de costume o fazia.
-Você está diferente.- Comento.
-Diferente como?
-Assim, meio distan...
-Você está linda! – Interrompe-me e olha-me nos olhos com convicção.
Me vejo perdida em euforia. Boba apaixonada. Bastaram três palavras para me sentir completa. Equilibrada! Tudo se resume no aqui e agora. Nada mais me distrai, nada mais me preocupa. Não deveria ser assim, sei bem que não valerá apena, pois amanhecerei naufragada no vazio de sentimentos ilusórios.
Por quê ainda faz assim? Não tira os olhos de mim, mesmo sabendo que não devemos. Mas sabe exatamente como me deixar frágil. Com as bochechas já coradas, minhas covinhas surgem em um sorriso de canto de boca. Olho-te de volta. Quero-te, quero-te, quero-te... Mas não posso!
Sua mão fria toca minha palma, transmitindo um prazer de menina, que o faz pela primeira vez. Olho-te. Enquanto lembranças deliciosas se incorporam suaves em mim, a incerteza abafa...Quanto tempo durará? Você se aproxima. Recuo:
- Por quê isso agora?
- Por quê você se preocupa tanto?
- Acha que não tenho motivo?
- Você não quer?
- Por quê pergunta se sabe a resposta?
- Por quê o joguinho, então?
- Será que é joguinho mesmo?
- O que seria se não isso?
- Receio.
- Mas com a gente nunca funcionou assim
- A situação agora é outra...
- Não passou pela sua cabeça que iria me beijar hoje?
Pois penso nesse encontro há uma semana, tudo já passou pela minha cabeça, porém minto:
- Não.
- Sério?- Vejo suas sobrancelhas baixas, denunciando sua decepção.
Tento manter a linha, mas bem sei que logo estaremos a nos beijar...
- Na verdade eu imaginei sim, mas logo desconsiderei.
- E ainda desconsidera?
Minha cabeça baixa imediatamente. Não sei o que dizer. Silêncio por alguns instantes. Até tocar-me a face- Vou a marte, júpiter, universo paralelo, quanta saudade!- Mais uma tentativa, agora mais devagar, tu se aproximas... Sinto o calor dos teus lábios, mesmo sem tocá-los. Recuo novamente, para inclusive, a minha própria surpresa. Continuo presente, sonhando, acumulando o desejo que logo virá em êxtase. Levo meu olhar ao chão. Agora me seguras firme a face com ambas as mãos, sinto cada centímetro de sua palma, seus dedos, seu cheiro delicioso! Mas desvio o olhar...
-Raíssa, olha pra mim.
Tua voz grossa me hipnotiza. Obedeço-te como tua serva. Silêncio paira novamente.
-Me beija... agora!
Enfim, acontece... Sacio-me em teus lábios magnéticos, macios como argila em solo úmido; naufrago em saliva doce, doce como mel na colméia; embebedo-me de prazeres, no delírio de nossas bocas que de tão carentes esquecem-se de quem somos. Até enfim, minh’alma sentir o lirismo de nosso beijo; beijo que palavras não expressam e em limites não se restringe. Carícias enloquentes, cada pêlo arrepia-se. Somos agora essa conexão transcendental, somos felicidade plena, nada mais. Envolvidos em um amor viciante, em saudade gritante... Somos eu e você. Nada mais, nada mais...
Afastamos-nos devagar, com um selinho finalizando. Suspiro de ambos. Sorrisos de ambos. Silêncio... Você me observa, enquanto me acaricia a bochecha com a ponta dos dedos. Eu te observo de volta, ainda descrente.
O despertador toca. Fecho os olhos e tento me concentrar para voltar, mas não dá... não dá.

quinta-feira, 31 de março de 2011

18 de julho

Senti, doei, vivi;
Esperei, perdi
Sofri
Sofri
...
-Não sei, não quero.- Deixei;
Esqueci!
Lembrei... Sorri...
Lembrei, chorei sem ti
Deixei;
Recomecei
Sem ti
Voltei a sorrir!
Querendo sentir
...
A carência, o orgulho ferido.
Doei... doeu;
Parei
Sozinha sorri!
Lembrei... de ti.
Vaguei
Perdi
Meus sonhos, meu amor
Me perdi
E ainda senti...
Mas o que senti?
Nada sem ti.
Esperei, pirei;
Te vi, me vi!
Sentimos
Chorei e por dentro sorri
Sorriu
Sorrimos lembrando...
E esquecemos também
Novamente doei, pois amei e amo
Amo doar, amo-nos doando
Ganhei esperando
E espero, sim, te espero
Sem medo!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Mundo dos sábios

Em um mundo onde a liberdade de expressão reinava sem angústia, a moda era o respeito e isso bastava.
Nessa cultura distinta, a senhora de muitos bens, emanava a humildade e o amor ao próximo em busca de auto-realização e justiça. Atitudes puras e caridosas eram valorizadas, e tal conceito era aplicado mais pelo acalanto de um abraço do que pela esmola piedosa. Pois se exaltava a esperança e a compaixão, e estimulava-se o respeito.
Nesse mundo transparente, a consciência flutuava livremente, sem a ânsia da preocupação. O equilíbrio humanitário era evidente. Não havia ganância ou ofensas. A boca para o insulto era naturalmente cerrada, pois ao se referir a alguém, evidenciavam-se as qualidades, caso contrário, calavam-se. Pois a mediocridade era banida e havia respeito.
No mundo sem hipocrisia, o preconceito era extinto, ofensas eram relativizadas, pois se compreendia as diferenças. Atitudes mal pensadas geravam desconforto, mas esclareciam-se os pontos de vista e logo vinha o perdão sincero e como conseqüência o crescimento pessoal. Pois não existia orgulho, existia respeito.
No estereótipo do respeito, não havia vergonha ou medo, mas sim, apoio e cautela. Nessa realidade transcendente, a família era fonte fiel e eterna de segurança e abnegação, além de gratificação e caráter. Valorizavam-se independente das dificuldades e atritos. Pois não poderia haver impasses onde existia respeito.
Nesse mundo sem estética, a natureza era vista com olhos maravilhados de contemplação; olhos de submissão e envolvimento; e os animais eram preservados tal como a humanidade. Pois não existia egoísmo, mas sim respeito.
Nesse mundo dos sonhos, levava-se a vida da maneira mais confortável e coerente, pois a recompensa era nítida; sabia-se que o universo conspirava a favor daqueles que em seu mundo, fazia da caridade a estrada, do amor o guia e do respeito, a essência.

domingo, 20 de março de 2011

Usuário consciente

A hipocrisia social ainda persiste. Mesmo sendo evidente que as conseqüências geradas pelo álcool sejam muito mais drásticas e prováveis(isso para não citar o cigarro) do que pelo uso da maconha, infelizmente, por se tratar de uma droga ilegal, ainda é díficil para muitos aceitar isso. A mídia e a sociedade ainda insistem em enfatizar a maconha apenas pelos seus males, sem antes compreender a complexidade do assunto. Preocupam-se sempre em generalizar os usuários como incapazes, sendo que depende única e exclusivamente da desordem pessoal de cada um para deixar que a droga abale na personalidade.
Sem querer embelezar a maconha, por compreender os males que causa a um viciado, ainda considerando essencial o debate da questão, acredito que tal julgamento seja relativo.
Considero errado levar a vida habitualmente sob o efeito da droga, o usuário deve ter foco e equilíbrio para conciliar as horas, locais e frequencia, sem que isso atrapalhe nas suas responsabilidades.
Devemos reconhecer ainda, que há usuários mais vulneráveis ao estresse que conseguem por meio deste agir de forma mais serena, ou inclusive alcançam grande crescimento e amadurecimento devido ao estímulo empírico e crítico ao cérebro, que leva a reflexão de questões fundamentais, antes subestimadas; ou aqueles que conseguem inspiraçãp para as artes(filmes, peças, livros, contos, dança, música...);.
É necessário conhecer do assunto para fundamentar a crítica, e como toda ideologia, o importante mesmo é superar o lado cético ou superficial da questão, avaliando de forma mais flexível e não se deixando influenciar exclusivamente pelo julgamento da maioria. Isso sim influencia na formação da personalidade e do caráter.